
Dias antes, rodeados por 15 marreteiros enfurecidos em outra estação da mesma CPTM, a USP-Leste, tentávamos ajudá-los em seu trabalho - por meio do nosso - ao descobrir e contar sobre o conturbado cotidiano dos vendedores clandestinos dos trens. O que descobrimos foi um mundo a parte daquele que vemos sobre os trilhos.
UNIVERSO dOS TRILHOS
a vida de ambulante
na cptm
Arthur Miceli
Pietro Otsuka
Vinicius Lopes
Entre um trago e outro num cigarro de maconha, sentado numa praça próxima à estação Ipiranga da linha Turquesa da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), um vendedor de 31 anos, conhecido apenas como Marcolino, expõe sua vida, seus objetivos, as dificuldades do dia a dia em manter uma família, conciliar o trabalho com os estudos e conta um pouco para três estudantes de jornalismo como é seu cotidiano como vendedor ambulante nos vagões e fora deles. “Quem compra comigo me ajuda a ser um profissional melhor, um pai melhor e um filho melhor para a minha mãe”, diz, divulgando seu trabalho.